Ablação: tratamento seguro e eficaz das arritmias cardíacas

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Imagine corrigir a arritmia cardíaca em um procedimento rápido, sem cortes no peito. Ter alta em 24 horas e, em uma semana, poder voltar às suas atividades diárias. Pois isso já é possível através da Ablação.

A Ablação é o procedimento mais seguro e eficaz para o tratamento  da maioria das arritmias cardíacas. A ablação da fibrilação atrial, por exemplo, é realizada em cerca de 80 mil pacientes por ano, em todo mundo. É indicada especialmente para as pessoas nas quais os medicamentos não obtém a resposta desejada ou para as que apresentam algum tipo de reação colateral aos remédios. Nesses casos, a Ablação oferece resultados melhores do que a medicação, na maioria das vezes. A eficiência do método é tão grande que muitos médicos preferem indicá-lo antes mesmo de tentar algum tipo de substância. O cardiologista é o responsável por estudar cada caso e decidir qual o melhor momento para indicar a ablação.

 

Fora do ritmo

O foco da fibrilação atrial  geralmente, localiza-se nas  pelas veias pulmonares.

Entretanto, há casos em que o foco da arritmia está no próprio músculo cardíaco. Essas alterações no ritmo fazem a parte de cima do coração bater de forma desorganizada, a até 300 vezes por minuto. Esse número está muito além do limite considerado normal: 100 bpm. Derrames cerebrais (AVC) estão entre as principais consequências. Por isso, depois de identificar os sintomas (palpitação, tontura, dor no peito, falta de ar e desmaios), é necessário fazer um estudo preciso.

 

Avaliação precisa

Diante do diagnóstico de arritmia e da consideração de tratamento por ablação, uma avaliação precisa precisa ser realizada. Em geral, pacientes nessa condição são encaminhados a centros especializados para analisar o funcionamento elétrico do coração.

Conduzido por médicos especialistas em Eletrofisiologia Cardíaca, o estudo em questão irá diagnosticar os pontos de origem da arritmia cardíaca. Fornecerá também informações precisas sobre o impacto dessa arritmia no coração.

 

Procedimento seguro

Muitas pessoas têm medo de fazer a Ablação por causa da anestesia. O que esses pacientes não sabem é que o procedimento pode ser realizado com diferentes tipos de anestésicos. De acordo com cada caso, pode ser realizada uma simples sedação até a anestesia geral (a mesma utilizada em cirurgias cardíacas).

Para aumentar ainda mais a segurança, centros modernos de Eletrofisiologia contam com o suporte de Anestesiologistas especializados em cirurgias cardíacas. São profissionais com longa experiência na área, que basearam suas carreiras e estudos em procedimentos de grande porte. A decisão sobre qual tipo de anestesia que será utilizada, caso a caso, parte sempre do diálogo entre o Anestesista e o Eletrofisiologista.

 

Como é o dia da Ablação

O procedimento de  Ablação é realizado através das veias da virilha, sem cortes no peito, através da introdução de cateteres especiais. Os cateteres são tubos longos e finos, controlados de fora pelos médicos. Eles chegam até o coração e queimam, por radiofrequência, as células que estão provocando a arritmia.

Todo o procedimento de Ablação dura, em média, cerca de 2-3 horas. Na sala de exames, o paciente é recebido pela equipe de enfermagem e pelo Anestesista. É então iniciado o preparo para o procedimento, como a sedação e o acompanhamento da pressão, frequência cardíaca e respiratória, entre outros.

O médico Eletrofisiologista insere os cateteres e monitora a chegada até o coração, por meio de imagens de raio-x. Dessa forma, consegue atingir com segurança os pontos específicos que precisam de intervenção.

Além da Ablação por radiofrequência, existe a “crioablação”. Nesse procedimento, em vez de queimar as células que provocam a arritmia, faz-se o congelamento. Essa técnica também tem resultados muito bons em casos de Fibrilação Atrial Paroxística.

 

Pós-operatório

O pós-operatório da Ablação é bastante simples. Um curativo é feito na virilha, no local por onde os cateteres foram introduzidos. Não há necessidade de pontos. O paciente deve ficar com a perna imobilizada por até 6 horas e evitar esforços excessivos por 24 horas. Em geral, o retorno à rotina diária ocorre dentro de uma semana, dependendo da avaliação do médico.

 

Ablação com segurança

Apesar de toda a segurança, e dependendo do tipo de arritmia, é importante dizer que a arritmia pode reaparece depois da Ablação. Mas não se assuste. Se isso acontecer, procure novamente o médico especialista. Geralmente, uma nova aplicação de radiofrequência é a solução definitiva. De acordo com Dr. André d’Avila, Diretor da Clínica Ritmo e do Serviço de Arritmia do Hospital SOS Cárdio, em Florianópolis, mais de 2000 Ablações já foram realizadas pelos profissionais do centro. Sempre com segurança. “São cerca de 400 procedimentos por ano e nunca tivemos nenhuma complicação grave que precisasse ser corrigida através de cirurgia”.

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