Tipos de Marcapassos e Principais Indicações

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Imagine um grupo de soldados experientes marchando, passo a passo. Os sons das batidas dos pés deles contra o chão são tão sincronizados que parecem um só. Agora, imagine que um desses soldados, por algum motivo, saia do ritmo. A harmonia da marcha fica comprometida. O seu funcionamento também. Pois é isso, de forma ilustrativa, que acontece com o nosso coração quando temos uma arritmia. É isso que os tipos de marcapasso corrigem.

Os batimentos dos músculos cardíacos são como uma marcha: devem acelerar e diminuir de forma cadenciada. E assim como os soldados, que possuem um capitão rígido para controlar o ritmo, o nosso coração também possui um “marcapasso natural”, um sistema elétrico que o faz bater no ritmo certo. Entretanto, há vezes em que esse marcapasso fica doente e não consegue mais cumprir a função. Para marcha não parar, nem sair do ritmo, é preciso de uma ajuda de fora: um implante de marcapasso artificial.

Apesar de todos os avanços tecnológicos na área da cardiologia, os marcapassos ainda despertam muitas dúvidas. De forma resumida, estes aparelhos enviam impulsos elétricos para o coração e o mantém no ritmo normal necessário para uma vida saudável. Os marcapassos modernos são confortáveis, confiáveis e permitem que o paciente volte a vida normal rapidamente.
Para esclarecer um pouco mais o assunto, listamos abaixo algumas das principais perguntas dos pacientes sobre marcapassos. Você vai perceber nas respostas que com alguns cuidados e orientação médica, os desmaios, tonturas, dores e falta de ar desaparecem. A qualidade de vida melhora significativamente.

Quais são os tipos de marcapassos e para quais pacientes são indicados?

Hoje existem dois tipos de marcapassos: os marcapassos convencionais e os marcapassos de ressincronização cardíaca. Os marcapassos convencionais são implantados em pacientes que apresentam as chamadas bradicardias, doenças que deixam o coração mais lento, com número de batimentos abaixo do normal. Já os marcapassos ressincronizadores têm por finalidade melhorar o desempenho da contração do músculo cardíaco quando ele está enfraquecido e o coração dilatado. São indicados para os casos de insuficiência cardíaca, quando o coração falha por falta de força. Essa insuficiência está geralmente associada a um distúrbio elétrico conhecido como bloqueio do ramo esquerdo.

Observamos na prática médica que alguns pacientes precisam tratar os dois problemas: a frequência lenta e melhorar a força das batidas do coração. Eles possuem tanto a bradicardia quanto o bloqueio do ramo esquerdo. Nesses casos, eles recebem o marcapasso com a dupla finalidade de corrigir o ritmo e melhorar o desempenho dos batimentos.
Existem também os Cardiodesfibriladores Implantáveis (CDI), indicados para pacientes com taquicardias ventriculares. Estes aparelhos protegem o paciente contra parada cardíaca, e morte súbita, e também contam com a função de marcapasso.

Como são os aparelhos desses tipos de marcapasso?

Os aparelhos de ambos os tipos de marcapasso atuais são relativamente pequenos. O gerador elétrico tem aproximadamente o tamanho de um relógio de pulso e contém uma bateria. Ele é implantado logo abaixo da clavícula (direita ou esquerda), entre a musculatura peitoral e a gordura subcutânea. Além do gerador, o sistema é constituído por um circuito eletrônico com um programa especial, uma memória que registra todas as informações do seu ritmo cardíaco e por eletrodos (podem ser um, dois ou três, dependendo do caso e do tipo de marcapasso). São estes eletrodos finos (fios elétricos) que conduzem os estímulos elétricos até o músculo cardíaco.

Nos próximos posts a nossa equipe vai esclarecer mais dúvidas sobre os tipos de marcapasso. Você vai entender que a vida de uma pessoa depois do implante é praticamente normal. Com alguns cuidados, todos os incômodos e riscos provocados pelas arritmias e insuficiência cardíaca são reduzidos ao mínimo. Continue visitando o nosso blog e se alguma outra dúvida ou sintoma surgir, procure um médico cardiologista.

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