Além do coração: os riscos da fibrilação atrial

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Um coração totalmente fora de ritmo e incapaz de bombear sangue como deveria. Essa é a principal característica da Fibrilação Atrial, a mais comum das arritmias cardíacas – e uma das mais perigosas. Ela está diretamente associada a mortes provocadas por acidentes vasculares cerebrais (AVC), popularmente conhecidos como derrames. No Brasil, um a cada cinco casos de AVC tem relação com esse problema.

A Fibrilação Atrial atinge hoje cerca de 5 milhões de brasileiros. Uma a cada três pessoas internadas com a arritmia cardíaca possui a doença. Entre os idosos a situação é ainda mais crítica. A estimativa é que cerca de 10% dos adultos acima dos 70 anos manifestem esse problema de saúde.

Na Fibrilação Atrial, os idosos costumam apresentar muitos sintomas: na maioria das vezes, os pacientes apresentam palpitação, falta de ar, cansaço exagerado, tonturas, desconforto no peito, desmaios e sinais de insuficiência cardíaca Há casos, entretanto,  em que a doença não manifesta sintoma algum.

A Fibrilação Atrial e o risco de AVC

A Fibrilação Atrial acontece quando os átrios, as câmaras da parte de cima do coração, batem num ritmo desorganizado e diferente do esperado. Esse descompasso é provocado por um “curto-circuito” na rede elétrica que faz o músculo cardíaco contrair. Os focos elétricos que desorganizam o ritmo cardíaco geralmente nascem nas veias pulmonares, que trazem o sangue oxigenado do pulmão para o coração.

Quando o coração está saudável, os átrios são responsáveis por 30% do volume de sangue que entra nos ventrículos. Mas, durante a Fibrilação Atrial, o líquido acumula na parte de cima do coração diminuindo a força de contração do músculo cardíaco. Esse sangue preso no coração acaba engrossando e pode coagular. Nos casos mais graves, o coágulo sai do coração e pode chegar ao cérebro. O coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo cerebral, interrompendo o fornecimento de oxigênio resultando em derrame cerebral. Por isso o risco de derrame é seis vezes maior em quem tem fibrilação atrial.

Grupos de risco

A Fibrilação Atrial é mais comum em corações doentes, que apresentam ou já apresentaram:

– Pressão alta;

– Problemas nas válvulas;

– Insuficiência cardíaca;

– Infarto.

Pessoas com diabetes, alterações na tireóide e que consomem bebidas alcoólicas com frequência também estão mais sujeitas a desenvolverem a doença.

Na maior parte das vezes a Fibrilação Atrial começa com episódios curtos de palpitação com características irregulares. Com o passar do tempo e a medida que o paciente envelhece, as crises costumam ficar mais frequentes e mais longas. Se não for tratada, a Fibrilação Atrial pode alterar a estrutura muscular do coração e facilitar o aparecimento de outros focos da doença. Nos casos mais avançados, o coração do paciente não consegue voltar ao ritmo normal sozinho. É quando a fibrilação fica permanente.  

Os tipos de Fibrilação Atrial

Os especialistas costumam dividir a Fibrilação Atrial em quatro tipos, de acordo com o tempo em que o paciente manifesta a arritmia.

    1. Fibrilação Atrial Paroxística: Nela, o ritmo cardíaco da pessoa pode passar de muito lento a muito acelerado em questão de segundos. No entanto, os sintomas desaparecem sozinhos, sem a necessidade de intervenção. Os episódios ocorrem dentro de um período de 7 dias. Eles duram de alguns minutos a horas.
    2. Fibrilação Atrial Persistente: Esses são os episódios que duram de 7 dias até 12 meses e não param por conta própria. As crises necessitam de medicamentos e até de cardioversão elétrica para serem interrompidas.
    3. Fibrilação Persistente de Longa Duração: Igual ao tipo anterior, mas com mais de 12 meses de duração. O coração já sofreu tantas alterações elétricas que o próprio músculo cardíaco emite os sinais que desencadeiam a Fibrilação Atrial.

 

  • Fibrilação Atrial Permanente: São os casos em que o tratamento por ablação é muito arriscado. Assim, o objetivo será controlar a frequência cardíaca, trazer alguns sintomas para a normalidade e fazer que, mesmo doente, o coração possa bombear sangue oxigenado para o corpo. Medicamentos anticoagulantes são geralmente receitados para reduzir o risco de AVC.

 

Tratamento rápido, indolor e seguro

O tratamento por Ablação é mais eficaz do que os remédios para a maioria dos casos de Fibrilação Atrial. Após o procedimento de ablação, é possível ter alta em até 24 horas e retornar ao trabalho em uma semana. A Ablação é feita em mais de 60 mil paciente por ano em todo o mundo, com total segurança. Se você apresenta os sintomas ou tem histórico na família, converse com o seu Cardiologista. Ele tem as respostas que você precisa.

Ficou com alguma dúvida com relação aos riscos da Fibrilação Atrial? Entre em contato conosco!